sábado, 9 de outubro de 2010

In Vain

E logo eu que queria passar despercebido na vida...
que briguei para não ser ouvido.
Venho me mostrar entre as mais novas tecnologias.


Logo eu que apenas queria ser homem.
e homem sendo ter aquela mulher que tão mal me fez.
E ainda assim a espero na esquina,
em todas as encruzilhadas dos meus caminhos,
em todos os espaços vazios do meu dia.


Cá estou novamente,
repetindo façanhas tão batidas.
Tendo o amor como alguma coisa distante.
Nunca experimentei o silêncio do depois.
Nem mesmo o grito do ato,
Queria gemer, berrar, me lambuzar com tudo o que vem de você.


Mas...


Nada me é permitido.
Com você não posso nem mesmo querer.
Devo continuar me afogando em pensamentos impossíveis.
Eu que fecho a porta pra você,
que não abro possibilidades.
Não posso imaginar sendo visto pelo seu olhar.
Medo.
Pavor.


Te desejo cada vez mais em silêncio.
Em vão.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

À merda

Eu tô num nível de exaustão aterrador.
E por isso, eu não quero nem saber se eu tô usando a palavra certa ou errada. Cansei de procurar a palavra que diz mais do que ela mesma deveria. Simplicidade. Que se dane a simplicidade!! Se todos são tão complexos e irritantes. E se "irritantes" não é uma palavra adequada aqui, FODA-SE!!!
Aliás, por falar em "foder", por que os poetas usam "néctar do gozo" e não falam "porra" de uma vez por todas. Se uma professora minha (ótima por sinal) de literatura me disse uma vez que quanto menos se escreve, mais se fala, então parem de florear o que todo mundo já conhece.
Se bem, que por outro lado, será que todo mundo sabe o que é "porra"? e o que é "gozar"? Também, que diferença isso faz? Se amanhã eu vou ter que acordar do mesmo jeito, no mesmo lugar, os outros gozando ou não?


Outra coisa que me irrita profundamente (entendam esse profundamente, simplesmente, como o "profundamente". Porque eu sinto um incômodo dentro (bem dentro) do estômago). Enfim, sabe aqueles casos quando você fala de um projeto para alguém, e esse alguém diz: "Ah, legal. Mas pense bem, veja aí se é isso mesmo o que você quer..."
Como assim????
Primeiro, se eu gastei meu tempo contando pra você, é porque eu já pensei bem.
Segundo, "veja aí", de onde vem esse desdém todo? Eu odeio o "veja aí", "pense aí". Será difícil entender que se se trata de um projeto, eu já ponderei várias vezes e, provavelmente, é só nisso que eu venho pensando ultimamente...? Será difícil respeitar o que está aqui dentro?


Deixa eu falar uma coisa claramente aqui: eu tenho meus gostos e desgostos, meus receios e meus impulsos, eu quero muitas coisas, mas quero que outras desapareçam da minha frente. Até quando eu tenho que falar:"É, pensando por esse lado...talvez você tenha razão.." Razão o escambal (nem sei se é assim que escreve 'escambal', mas também quem importa..). No fundo ninguém tem razão em coisa alguma. Nem essas palavras todas que eu tô dizendo devem ter razão, mas eu quero falar. E daí???
Ah, claro. Eu não tenho razão porque eu ainda não sou ningém? Certo, eu tenho 28 anos e ainda nem aprendi balet, nem francês e muito menos violão? E quem é você pra ignorar por completo os meus 28 anos? Okay, você é mestre? Mestre em que? E o que é ser mestre? É essa ideia ocidental que nós dividimos desse lado do mundo? Um título que se adquire numa instituição? Mas ser mestre não é adquirido ao longo de uma vida inteira? NÃO??? Ah tá!!! E você mudou em que minha vida com sua maestria? E você mudou o que, na vida de quem (além da sua) com seu título?


Aff, também já tô tão de saco cheio que amanhã, provavelmente, deletarei essa porcaria.
Mas hoje, eu tô cansada de entender, de ser a neutra, a sensata e ponderada.
Vá à merda esses conceitos certeiros, prontos e imóveis.
Basta!!!
Me deixem em paz.
Nem que pra isso eu tenha que me calar de vez nos próximos 10 dias!!

sábado, 18 de setembro de 2010

...

Como é que pode acontecer assim?
Sem mais explicações,
sem nenhum aviso, sem marcas?


Você se aproximou com esse jeito de dominação.
Se zanga toda vez que questiono seu modo, seu jeito tão sem jeito,


É incrível como hoje não mais vivo.
Minha existência flui como um rastro dos seus passos.
Me movo na direção do seu olhar.
Sigo sua voz, buscando me proteger do fato de nunca te ter.


Me escondo nos prazeres de outros
que não mais me dão o gosto, o gozo, nem ao menos amor.


Agora sobrevivo.
À sombra do que você ensina,
às margens das suas leis.


E se pudesse escolher,
nem sei se pediria você por perto.
Tenho medo do seu desejo.


E ainda assim espero e conto o tempo,
Olhando para o dia que nos amaremos até descansar.


(Em si lêncio: "te amo mais que a mim")

domingo, 1 de agosto de 2010

ELA

E esse desejo de ser as veias que abrigam seu sangue?
Ser a voz que atropela seu fôlego.
Sua inteligência desconcertante.
Ser seus pés que conhecem a soleira da sua porta, seus passos, seus quintais.
Ter seu olhar, seu transe, seu sexo, seu ar.
Seus sonhos, sua poesia.
Ser sua mãe, sua prima, uma amiga, uma amante, um amor.
Mesmo que fosse um caso jogado no passado,
ou uma coisa qualquer.
Queria algo que chamasse sua atenção.
Algo que me mandasse embora
ou que me prendesse dentro de ti.
Queria que seu norte não mais fosse o outro lado do mundo.


Será?
Meu Deus, será que um dia vou conhecer as essências do seu cheiro?
Será possível algum dia fazer parte das suas entrelinhas?
Você que é a minha maior inspiração,
que é tudo o que me faz forte, que me embeleza.
É só em você que busco calor, que encontro sentido.
Sentido pra tudo aquilo que parece loucura.
Estar com você, em você é o maior dos meus delírios.
Nós que não nos temos.
O "um do outro" de cada um que nunca nos acha.
"Te amo" é pouco pro que sinto.


Nenhuma de suas melodias poderiam cifrar meu amor.
Nada mais antigo que amor proibido.
Eu sei.
Sem final feliz, mas também sem tragédias teatrais.
Apenas eu e minhas reticências.
Meu lado sem você é apenas sua voz que ecoa tudo o que sou.
Você é o tormento que mais me suaviza.
É o grito que silencia minha dor.
E mesmo que te veja tão distante,
desejo seu ser, seu sangue e um beijo quente.
(ou frio).
suas mãos, seus seios, seu sorriso
(ou lágrimas).
Qualquer coisa que te traga pra perto.
pra dentro.
pra sempre,
indefinidamente,
pra mim!!

terça-feira, 6 de julho de 2010

NEGRO,SIM. MAS SER HUMANO ANTES DE TUDO!

Eu não saberia precisar quando foi que eu percebi que existiam cores de peles diferentes. Eu nem sequer saberia dizer quando foi a primeira vez que isso me incomodou. Mas posso garantir, me incomodou muito.

Foi na adolescência que eu percebi nitidamente como a seleção do certo e do errado, do bom e do ruim e do branco e do preto era feita. Pessoas, que até então eram boas e generosas a meu ver, de uma hora para a outra começaram a dar palpites na cor dos meninos que eu não deveria namorar. Amigos que não se misturavam muito com aqueles “neguinhos” da escola ficavam cada vez mais distantes. Professores que deveriam exercer papel fundamental para se esclarecer tamanho disparate, não se mostravam comprometidos com o assunto. E foi só no cursinho, num colégio particular, que um professor de geografia me chamou atenção para o uso da conjunção “mas” em algumas frases do tipo:


“Tá vendo aquele pretinho ali? Aquele bem preto mesmo?”
“Sei”
“Então, ele é preto assim, mas é muito bonzinho. Precisa ver que menino generoso.”


E eu, no auge da minha descoberta da Língua Portuguesa fiquei sem entender o que o “mas” tinha a ver com tudo isso. É como se sua função fosse demarcar o contraste dessa sentença. “Como alguém pode ser preto e bonzinho?”
Mas minha dúvida não parava por aí, não. Preto? Eu reparei que ninguém era bem preto, nem bem branco. Que não existiam pessoas bem vermelhas, assim como não existiam os amarelos. Eu reparei que as nuances das cores de cada ser humano, individualmente eram muito mais sofisticadas do que nossa capacidade intelectual poderia atingir. Eu compreendi também que todas aquelas piadinhas, que já tinham me feito rir tanto, acabara de perder completamente a graça. Eu me vi do lado de cá da raça. Eu, uma menina de 16 anos, branca, paulista, começava (e era só o começo mesmo) mensurar o tamanho do problema de daltonismo que afligia o nosso país. E acho que eu não poderia encontrar definição melhor para toda essa celeuma em torno dos negros. Vocês sabiam que o Daltonismo pode ter origem genética? (E não é assim que o preconceito se forma?) Mas também pode ser resultado de uma lesão visual ou neurológica. (E também não é daí, da mente humana, que nasce o racismo?)
Pois bem, após essa iniciação entre os signos sagrados da hipócrita sociedade brasileira, aos 19 anos me mudei para Toronto, Canadá. E mesmo que todos esses conceitos raciais não fossem presentes na minha vida todo instante, eu não podia deixar de reparar como os negros canadenses eram diferentes dos nossos. Eles são belos e se comportam como belos, como inteligentes, como iguais. Eu presenciei várias meninas negras, andando de nariz empinado perto de uma norte-americanazinha branca. Via os meninos negros, jogando basquete, no ápice de seus corpos volumosos, suados e, negros sim por que não?
Eu não posso falar com inteira propriedade do que é ser negro no Canadá, mas o que pude perceber é que não é nada de tão diferente do que ser branco. Pelo menos para os adolescentes, claro. Eles agem naturalmente. Se sentem e se vêem tão ou mais capazes do que qualquer outra pessoa, independente da cor de sua pele. Eu pensava, por que não pode ser assim no Brasil também?
Passado algum tempo, volto ao Brasil e decido morar em Salvador. Era um velho sonho. Tudo o que tinha a ver com a Bahia me encantava, desde bem pequenininha. Meu desejo maior era enfim saber que gosto tinha o acarajé. E foi aí que minhas percepções de raça, de etnia, de cor se definiam de vez.
Eu trouxe comigo uma bagagem grande de pré-conceitos de São Paulo. Conceitos esses que se transformaram de certa forma no Canadá, até por se tratar de um país onde a identidade pura canadense é muito difícil de achar, por questões de colonização, imigração e tudo o mais. E agora era dada a mim uma oportunidade, talvez única, de entender melhor como o racismo chega aos negros. Era minha vez de estar do outro lado e poder acabar com o conceito, por exemplo, que ser ou estar baiano é sinônimo de ser ou estar mal vestido, cafona, fora de moda, com combinações de cores bizarras. Foi assim que eu conheci, de fato, a identidade negra, no berço negro do nosso país. Foi onde eu vi a real beleza desse povo que também sou eu, que também é minha família. Entendi que todo esse bate-papo em volta da predileção de uma ração em detrimento à outra é pura perda de tempo. Nós somos todos, parte de uma nação única e plural. Que cada um tem sua origem num canto distinto do Mundo. Que enquanto meus pais e avós vêm da Itália, a família do meu marido vem da África. E que agora nosso filho não vem nem da África nem da Itália, mas sim do Brasil que abriga toda a Europa, Ásia, Oceania, África e Américas e faz desse novo cidadão, alguém multicultural, com sangue puramente vermelho, porque essa é a cor natural do sangue. Um cidadão com a pele de cor única, a dele. Pois ele não é nem mais negro nem mais branco que seus pais. Ele é ele. E não tem obrigação de ser mais nada além disso.

domingo, 4 de julho de 2010

Como Tudo Começou (Desde o Início)

Eu já passei bastante da hora de muitas coisas.
No auge dos meus 30 anos,
já deixei passar várias coisas sem concluir,
sem nem ao menos começar.

Por exemplo, vocês acham que passei da segunda aula de Francês?
Não.
E o balé?
Cheguei ao fim da primeira apresentação e só!
E o teclado?
Com esse nem cheguei a me apresentar.
Amarelei!
E o Espanhol?
Deus me livre. Não posso nem ver na frente.

Isso sem falar em todas as coisas que nem sairam da minha cabeça.
A natação, a dança de salão, o carrinho de churros, a poupança para aquela viagem...
Enfim, hoje tudo isso parece muito distante de mim.
E o que será que sobrou?
Terá sobrado alguma coisa de tantas ideias e tão poucos resultados?

Se todas essas constatações fazem parte de mim,
então seria eu um ser inacabado?
Um eu tão sem finalizações?
Seria por conta disso, talvez, tanta insônia?
Tanta angustia? Tanto desespero?

Se eu sou o que faço, então eu não sou nada?
Devo então me acabar por entre os remendos e os destroços de tudo o que não cheguei a construir.
E será que um dia construirei algo grandioso?
Será que eu sou mesmo dona daquela estrela que em meus sonhos brilha, me ilude e alimenta?
Será que eu serei sempre um 'será'?
Um 'se' sem mais nem menos?
Um eterno ponto de interrogação
???
Eu não sei.
Mais uma vez, sem resposta.

E parece que hoje, digo algo que faz sentido, algo mais modificador.
Mas parece (de novo, parece) que não tenho plateia.
Não tenho ouvintes.
E se viver 'parecendo', vou acabar sendo aquela que não é o que é,
ou que parece ser, mas examinando melhor, nem chega a ser alguma coisa.

E pra terminar...
Nem sei como terminar.
Tem sido assim, aliás.
Não sei onde colocar o ponto final.
Não sei qual palavra escolher.

O melhor deve ser, talvez, o repentino...
...
...
...
Silêncio.
FIM!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Agora vai...

Meu, tô escrevendo à milhão.
Tô pirada.
Tô pilhada.
Tô fissurada com meu livro.

Esse ano eu termino.
Não sei o que vai acontecer depois.
Só Deus sabe.
Nem Deus sabe... acho...sei lá.

Tem uma coisa de cultura dento de mim.
Uma coisa que leva àquelas frases: "Xiii, vai querer ganhar dinheiro com música?"
No meu caso: "Vai querer ganhar dinheiro com livro? Quer morrer de fome?"
Sei lá, por quê não?
Se tiver que morrer de fome pra alguém me ler...
Qual o problema?
E que fome seria essa?
Maior do que a que eu sinto agora?
Primeiro que eu acabei de chegar em casa, nem jantei, almocei um salgadinho.
Tô varada de fome mesmo.
Depois, que fome de escrever é essa, meu Deus?
Foi só ver gente (aquela gente) fazendo música, e criando, e produzindo,
que me deu na veia, de verdade.

Quero que essa vontade e essa disposição cresça.
Se saia de mim,se caia por sobre os olhos dos outros.
Antes tanto fazia se alguém lia ou não,
Agora num tanto faz assim, não.
Quero ser lida, ser devorada em uma tarde.
Quero conhecer Elisa Lucinda.
Quero abraçar Seu Jorge.
Quero beijar Ana Carolina.
E ai de quem me impedir.

E U  Q U E R O.

Agora vai.
Sem bem saber pra onde vai,
mas dessa vez eu saío de casa,
dessa vez minhas palavras vão voar mais longe.
Agora vai...

domingo, 4 de abril de 2010

Amor

E quem irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?

E quem irá dizer que não existe razão???

(Renato Russo)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A Very Important Remember Note

Always remember that you're the one who is important!!
You're important to yourself,
and hopefuly, you're also important to someone else!

But if this is not part of your reality,
who cares....?
You're still YOU.
And this should be good enough.

However, sometimes this isn't good enough just yet.
So, try to relax.
Breath in and out.
Count to three (or ten ... or ten thousand) and search for your happiness.
No matter what!
You need, you must be happy.
Otherwise, what is the point of keep coming back to this life?
Right?

Once again,
You're very important.
The Universe needs you.
And if you can't contribute to it, then I'm sorry my friend,
but you're just wasting your time around here!

sábado, 30 de janeiro de 2010

Não era

Se você não tinha certeza então pra que me desejou?
Se não era pra ser pra sempre.
Se você tem tanto medo dele e do nunca também,
então por que me deixou te amar?

Podia viver sem isso
Podia nunca ter experimentado
Mas você parecia tão inteiro...
Tão meu, de alguma forma.

Agora vivo aqui
desse lado do mar.
Vivo em suspiros
Vivo sempre desejando mais
Mais do que não existe.
Mais que duas noites,
Mais que alguns beijos,
Mais de você
Mais pra nós dois.

Diminuir essa distância.
Diminuir essa frieza.
esse desamor.

Eu que sempre te amei
Sem te falar.
Sem nem imaginar.
Agora, fico com o gosto do seu beijo.
Cravado em cada pedaço de mim.
Fico eu com o que sobrou do pouco que existiu.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Papo de Bêbado

Então é assim.
Eu quero beber só um pouquinho.
Me deixa embriagada de leve.
Não exagere!
Vou me embebedar aos poucos.
Quero me embriagar com seu sabor.
Sentir seu calor, ardendo em minha pele.

Sentir seu líquido saindo por entre meu corpo.
Por entre meu peito te acalentar.
Te consumir.

Então hoje me embriaga aos poucos.
Beijo após beijo.
Se esfregando em meu mundo.
Espera aqui só mais um pouquinho.
Lambe meus dedos antes de sair.
Me guarda em ti pra sempre.

E só assim vou me curar daquele outro amor!!!

sábado, 9 de janeiro de 2010

Melhor Amigo

Meu melhor amigo é aquele cara ali, olha.
Aquele de cabelo bagunçado, com cansaço no olhar.
Ele diz que está farto da vida, mas eu só consigo ver seu sorriso.
Repare.
Não é de abrir o coração da gente?
Pra mim ele é um menino amarelo de fraldas ainda.
Doce como a brisa da cachoeira.
É, como aquela cachoeira que ele vai morar.
Diz ele que é lá que sua vida toda está.
Pode ser.
Vou torcer.
Prometo!
Mas ele vai levar um pedaço de mim.
E outro pedaço de nós vai se perder no meio do mato.

Eu queria aventura?
Talvez.
Mas você me deu toda a alegria da certeza.
Eu queria você?
Queria.
E você me deixou sem olhar pra trás.
Então, siga sua trilha.
Encontre sua cabocla.
E quando terminar,
olhe pro lado.
Eu posso estar bem ali nesse momento.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Dei

Eu dei!
Dei mesmo!
Mas dei o que era meu!
E posso dizer que foi com todo o prazer.

Ele é quase igual a você,
só que mais carinhoso, mais taludo, mais graúdo.

Logo eu que não tenho ChicO pra me abraçar,
venho de cara limpa contar.
Que dei com todo o prazer!

domingo, 3 de janeiro de 2010

Queria Saber Querer


Eu sei que você estava acordado.


O quarto estava escuro, mas eu podia ver seus olhos abertos.


Quase tocava seus pensamentos.


Mas, de alguma forma, eu não sabia como decifrá-los.


Talvez você estivesse pensando em como se aproximar de novo.


Talvez você pensasse numa forma de se afastar ainda mais.


Ou então pensasse em outro alguém.


E é sempre por aí que começo a me render às sombras.


Às sombras que invadem meu coração e me fazem querer ver seu erro.


Você acariciando outra pele, desenhando outro futuro,


Chamando outro nome, beijando outro suor.


Então, eu grito calada!


Como se o barulho na minha mente afastasse essas sombras.


Grito desesperadamente!


E elas se assustam e se vão.


Meu desejo agora é apenas saber o que desejar e como desejar.


Cansei de querer e pedir de forma errada.


Nem sei como falar com o universo.


Se é ele mesmo quem rege nossos quereres, então queria falar sua língua.


Queria ter a terceira chance.


Poder saborear nossa paixão uma vez mais.


Mas parece que já te desejei tanto que as possibilidades se esgotaram.


Queria ter mais fé, ser mais forte e acordar amanhã com os olhos de sol.


Ter de volta a esperança em minha vida.


E assim, saber que nosso amor pulsa em nós dois.


O problema é que não sei mais te querer.


Não sei como te entender.


Nem sei como falar o que sinto.


O problema é que não sei mais querer o que quero.